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terça-feira, 19 de setembro de 2017
Revolução Farroupilha
A Revolução Farroupilha foi uma revolta regional contra o Governo Imperial do Brasil, que durou aproximadamente 10 anos. A revolução chegou ao fim após ser feito um acordo de paz entre as partes envolvidas.
O Marco Inicial ocorreu no amanhecer de 20 de setembro de 1835. A invasão começou na noite de 19 de setembro de 1835, quando José Gomes Vasconcelos Jardim e Onofre Pires acamparam com cerca de 200 cavaleiros nas cercanias da cidade. Na mesma noite, travou-se um rápido combate sobre a Ponte da Azenha. Os farrapos botaram a correr um piquete liderado por José Gordilho de Barbuda, o Visconde de Camamu. O presidente da província, Antônio Rodrigues Fernandes Braga, fugiu de barco para Rio Grande. Na manhã do dia 20, Porto Alegre amanheceu com proclamações dos revolucionários pregadas nas esquinas, nas praças e até na porta do palácio.
O governo central cobrava de nos gaúchos pesadas taxas sobre os produtos do RS. Charque, couros e erva-mate, por exemplo,passaram a ter cobrança de altos impostos. O charque gaúcho passou a ter elevadas, enquanto o governo dava incentivos para a importação do Uruguai e Argentina.
Já o sal, insumo básico para a preparação do charque, passou a ter taxa de importação considerada abusiva, agravando o quadro. Esses fatores, somados, geram a revolta da elite sul-riograndense, culminando em 20 de setembro de 1835, com Porto Alegre sendo invadida pelos rebeldes enquanto o presidente da província, Fernando Braga, fugia do Rio Grande.
Em 9 de setembro de 1836, os farrapos, comandados pelo general Netto, impuseram uma violenta derrota ao Exército Imperial, no Arroio Seival, próximo a Bagé. Empolgados, os chefes farroupilhas no local decidiram pela proclamação da República Rio-Grandense, o que ocorreu no dia 11. Bento Gonçalves foi proclamado presidente. O movimento passava ao nível separatista. Em 1º de outubro do mesmo ano, porém, Bento é derrotado e preso pelos imperiais no combate da Ilha de Fanfa.
Nos dois anos seguintes, os confrontos se alongaram e os farrapos ganharam o apoio de duas novas lideranças revolucionárias: o brasileiro David Canabarro e o italiano Giuseppe Garibaldi. Em julho de 1839, estes exímios combatentes partiram em direção de Santa Catarina, onde conquistaram a cidade de Laguna e proclamaram a chamada República Juliana.
Em 1842, o governo designou o Barão de Caxias para o comando das tropas imperiais. Ele começou a articular as negociações que, finalmente, encerrariam o conflito. Após serem derrotados na batalha dos Porongos, os farrapos começaram as negociações de paz. Em março de 1845, finalmente, o tratado do Ponche Verde garantiu os interesses dos revolucionários gaúchos _ principalmente o aumento da taxa sobre o charque estrangeiro _ e a hegemonia territorial do império, encerrando a longa campanha.
O povo gaúcho, enfrentou a degola, as baionetas, o vagalhão da violência e da morte.
Os ideais de Liberdade, Igualdade e Fraternidade, nortearam o espírito Farroupilha e, como uma chama, iluminam até hoje o povo brasileiro, que não é ladrão, não é corrupto e nem é mentiroso e que por sua índole está disposto a lutar contra os que usurpam a sua História.
Que a "Chama Crioula" da Semana Farroupilha ilumine a todos os brasileiros e que sirva de exemplo a toda terra.
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