Hoje o blog apresenta a seleção das obras de arte do acervo da marchand, Helen Juk.
Por Helen Juk
Estas telas do artista Marcelo Francalacci que compõem a exposição intitulada “A Fome”, foram inspiradas em matéria do Jornal Nacional, na qual uma mãe, em Pernambuco, colhia resto de lixo hospitalar, (especificamente, um seio extirpado), para preparar uma sopa e com ela alimentar os filhos famintos.
Esta mãe não sabia tratar-se de carne humana.
Este evento despertou o questionamento das mais diversas “fomes” do homem. Daqueles que buscam comida para alimentar aos seus, àqueles que têm a fome da ganância de poder e que tudo fazem para alcançá-lo.
Daqueles que se contentam com os restos da ceia farta de outros, daqueles que buscam encontrar-se espiritualmente... daqueles que buscam o amor. Daqueles que tem como objetivo a vingança, enfim... os homens.
"Qualquer coisa no espeto" A Fome. Obra de Marcelo Francalacci |
"Qualquer coisa no espeto"
Uma referência ao choque de realidade em que vive a mãe catadora de restos, de carniça, às churrascarias afora. Um fato. Uma provocação, a nos fazer pensar... abrindo o olhar, podemos enxergar muito mais.
A Humanidade caminha a um caos tamanho, que empurra a “comer qualquer coisa”... Um questionamento se faz: você engole o quê?
E afinal, qual é o nome da tua fome, ô homem?
"Urudunas" |
“Urudunas”
A fome Uma visão do homem no deserto de seus valores. Nos revela o homem que mais parece urubu na carniça. Os famintos de interesses, de intenções corrompidas. Os que se contentam com as sobras alheias. Os comensais de migalhas de altas comilanças... O homem da carne podre.
"A Fuga da Cidade" |
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