terça-feira, 3 de maio de 2016

Enterrem meu Coração na Curva do Rio (Bury My Heart at Wounded Knee), o best-seller de Dee Brown.

Nos velhos tempos em que o mocinho ganhava do bandido e casava com a mocinha, ninguém era mais bandido que o índio.
Quando os pacíficos colonos vinham falando de uma nova terra
prometida, a câmara ia para os altos das escarpas próximas e era
inevitável: lá estavam as silhuetas odiadas.
Confusão. Berros. O mocinho dava as ordens, os carroções ficavam em círculo. Corte. Um índio velho, cheio de penas, dava um
berro ou agitava uma lança. Lá ia o bando de gente pintada berrando. Corte. O mocinho, fazendo careta, dizia para o idiota ao
lado que não devia atirar. "Espere Temos pouca munição."
Lá vinham os índios, o mocinho dizia "agora]" e começava a
cair gente pintada do cavalo. Mas a pouca munição provocava caretas desesperadas no mocinho, cercado de gente ferida. Até o idiota estava ferido. Quando a mocinha (que estava carregando os rifles) dizia que era a última carga, soava o clarim salvador da Cavalaria e milhões de Casacos Azuis encurralavam um punhado de índios, acabando com todos. Beijo final. The End.
Enterrem meu Coração na Curva do Rio (Bury
My Heart at Wounded Knee), o best-seller de Dee Brown, conta
o outro lado da história, é uma História índia do Oeste Americano.
Os mocinhos, de repente, não têm a pele branca. Pelo menos, a
maioria. Têm nomes que, nos filmes, eram perseguidos por bandos comandados por John Wayne, Henry Fonda ou James Stewart: Cochise, Ger“nímo, Nuvem Vermelha, Cavalo Doido, Victorio, Touro Sentado, Galha...
A tal gente pintada que berrava é um povo altivo, nobre, com
uma cultura própria, que só entra em guerra defendendo o direito
de viver nas terras que sempre foram suas. Contra eles, um dos
maiores exércitos da época, armado com as últimas descobertas da tecnologia bélica para enfrentar mosquetões obsoletos e arcos e flechas.

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