domingo, 10 de julho de 2016

O Desenvolvimento psicológico – perspectiva de Margareth Mahler

O Desenvolvimento psicológico – perspectiva de Margareth Mahler
Mahler era uma pediatra que observou a relação que se desenvolvia entre a mãe e a criança, posteriormente tornou-se psicanalista para aprender mais sobre o assunto. Afirmou que os recém-nascidos não conseguem distinguir-se de tudo o que os rodeia, vendo mesmo a mãe como parte de si. O desenvolvimento na criança de uma self independente passaria por três fases: autismo normal, simbiose normal e separação-individuação.
A primeira fase é característica do primeiro mês de vida e podemos verificar que a mãe cuida da criança e supõe-se que esta atenda as suas necessidades. Esta não precisa realizar muitos esforços para ver as suas necessidades atendidas. Mahler designa esta fase por fase de narcisismo ou auto-absorção total.
A segunda fase, simbiose normal, prolonga-se até aos quatro, cinco meses; aqui a criança começa a consciencializar-se dos objetos que satisfazem as suas necessidades, o objeto básico neste período é normalmente a mãe. A criança precisa progressivamente de dar mais sinais acerca das suas necessidades (por exemplo, fome, sede, desconforto), para a mãe as poder satisfazer.
A última fase denominada de separação-individuação prolonga-se aproximadamente até os três anos. Nesta fase verifica-se uma separação psicológica da criança em relação á mãe e a formação de uma identidade pessoal. Este self independente posteriormente tornar-se-á na base para o estabelecimento de relações sadias na idade adulta.
Realizando uma dualidade podemos verificar algumas analogias entre as fases de desenvolvimento de Mahler e as psicossociais de Freud na medida em que o grau de sucesso na passagem de uma fase para a outra vai determinar o desenvolvimento futuro da personalidade. A principal dissemelhança reside no fato de as fases de Freud envolverem uma energia sexual enquanto em Mahler encontramos estas envolvendo uma energia psíquica nas relações interpessoais e objectais(Schultz & Schultz, 2002).

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