Jarbas Passarinho foi um homem probo e honrado como político. Culto como cidadão, verdadeiro estadista e patriota. Ao deixar a vida pública jamais viu seu nome envolvido em falcatruas ou assalto aos cofres público. Merece o respeito dado aos homens dignos.Eu o conheci como ministro e como pessoa. Ele encantava com sua graça e sua vontade de trabalhar, e essa vontade ele a dedicou por inteiro na educação.
Passarinho era um verdadeiro estudioso, podia discorrer sobre cultura e educação como ninguém.
Jarbas Passarinho foi estigmatizado por ser militar e por ter tido atuação destacada durante o regime militar.
Os que o criticam são os de sempre. A conhecida das esquerdas festivas. Jamais se preocuparam em saber o que fizeram aqueles que tiveram funções relevantes durante o regime militar. Colocam na mesma panela os torturadores (claro que existiram) e elementos que se destacaram pela seriedade, pelo profissionalismo.
Ele era efetivamente militar. E daí? Todos que pudemos compartilhar de suas falas sabem que esse fato jamais perturbou sua postura como profissional da mais alta categoria.
Como hoje a maioria da população não quer um governo ditatorial de esquerda, o povo brasileiro batalhador também não queria o comunismo no Brasil quando o exército assumiu o poder em 64. Agora está ainda mais comprovado a falência do comunismo no mundo. Seres humanos precisam ser valorizados, precisam se sentir bons de alguma coisa, precisam da dignidade de ganhar o sustento por seu trabalho, faz parte de nosso ego. Todo o sistema que queira igualar todos fracassará mais cedo ou mais tarde, porque os espetinhos de plantão vão querer a mordomia às custas dos esforçados, os preguiçosos vão encostar seu burro na sombra e sugar os de boa-fé. Ser humano quer se sobressair, nunca vai mudar, nem que seja em atividades simples, faz parte de nossa natureza. Esse é o gás que gira a mundo. Sem isso: Venezuela a vista.
Um fato não pode ser negado: o nível educacional do período militar não pode ser comparado ao que existe hoje. O antigo ginasial — hoje equivalente a quinta/oitava séries — equivaleria a um ensino médio de hoje em termos de aprendizado. Ninguém pode negar isso. Realmente, trabalhava-se para estudar e estudava-se para trabalhar, bem assim mesmo. Tinha-se muito o senso de vitória e dignidade pelo esforço pessoal. Nem esquerda extrema, nem direita extrema, mas honestidade, boa-vontade, eficiência e dignidade a todos como seres humanos complexos que somos. Ninguém valoriza o que vem de graça, pois não tem a sabor da conquista, e precisamos de conquistas até o último suspiro.
Homem de valor e um grande brasileiro partiu. Que Deus o ampare hoje e sempre!
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